quarta-feira, 30 de abril de 2014

Escolha o treino de acordo com a sua postura durante o trabalho

Atualmente, muitas profissões impõem que você fique muito tempo sentado. Mas ainda existem aquelas que são mais dinâmicas e fazem que você se mantenha em pé o tempo todo. Sua rotina semanal te deixa dúvidas como: que atividade física fazer hoje se já caminhei tanto no trabalho? Sentei e levantei muito? Ou ainda fiquei muito tempo sentado? Então aqui vão algumas dicas para equilibrar as sobrecargas da rotina de trabalho. 

Ficou muito tempo sentado, seja no carro ou no escritório

O ideal é que você pratique, neste dia, atividades aeróbias - como caminhada, corrida, dança e natação - e faça uma aula de alongamento ou yoga. Mas se estiver muito cansado pelo menos se alongue. 

Caminhou muito

Pratique alongamento primeiro e depois uma aula de ginástica localizada ou musculação. Execute exercícios para abdômen e membros superiores. E no final do treino movimente seus dedos dos pés e deite no chão com as pernas elevadas por 5 minutos para facilitar o retorno de sangue para o coração. 

Sentou e levantou da cadeira várias vezes

Se estiver no dia de trabalhar as pernas, elimine o agachamento do seu treino. Caso frequente uma academia, escolha a cadeira extensora, flexora, leg press, adutora, abdutora e aparelho ou exercícios para os glúteos. E se seu tempo for curto opte por uma atividade aeróbia. Se você subiu e desceu muita escada, elimine o treino do posterior de coxa (bíceps femoral), trabalhe mais adutores (interno das coxas) e abdutores (externo das coxas). 

Trabalho duro

Se o dia foi intenso - você andou demais e também fez esforços com alguma sobrecarga tipo carregando sacolas, caixas ou mudando mobília de lugar - uma aula de dança, alongamento ou uma massagem podem ser ótimas soluções para aliviar a tensão. 
Claro que há dias em que não queremos fazer nada, mas não se esqueça que muito do cansaço físico tem a ver com as sobrecargas diárias. Quem fica muito tempo sentado sofre muitas compressões corporais, alterando a circulação e a oxigenaçã
No final de semana procure diversificar com atividades ao ar livre, como ciclismo, cavalgada, patinação, surfe ou até mesmo uma boa caminhada pela cidade. Para o corpo se manter em equilíbrio você deve sempre praticar atividades aeróbias (corrida, caminhada, ciclismo, dança, etc.), anaeróbias (musculação, ginástica localizada, pilates, etc.) e alongamento ( Lian gong, tai chi, yoga ou alongamentos simples). 
E para os seus objetivos se tornarem realidades você deve acreditar que você pode e consegue mudar os seus hábitos. Até breve!  

terça-feira, 29 de abril de 2014

Dormir mal contribui para o ganho de peso

Sempre ouvimos que o ideal é dormir 7-8 horas por noite, mas devemos considerar que cada pessoa tem um ritmo biológico individual, alguns ficam bem apenas quando dormem em torno de 10 a 12 horas. 
O sono tem ciclos de quatro fases e cada ciclo demora por volta de 90 minutos. A privação do sono REM (Movimento rápido dos olhos, da sigla em inglês) que é a fase onde prevalecem os sonhos é a mais associada aos problemas de saúde, por exemplo, na apneia do sono. 
Cientificamente, o recomendado é que durante o sono ocorra cinco ciclos das quatro fases (de 90 minutos), por isso o melhor é dormir 7-8 horas por noite. 
Noites mal dormidas estimulam as pessoas a comer mais e ganhar peso. É necessário considerar que quanto menos horas dormimos mais tempo temos para comer e beber e, por outro lado, indivíduos que dormem muito pouco tem menor probabilidade de serem fisicamente ativos, o que diminui queima calórica. 
Outro ponto importante é a restrição de sono levando ao aumento de cortisol e a baixa tolerância à glicose, o que aumenta risco de diabetes. Estudo publicado no Journal of Applied Physiology mostrou que menos de 6,5 horas de sono por noite, pode reduzir a tolerância à glicose em 40%, o que favorece aparecimento da doença. 
Um novo estudo publicado pela Universidade da Califórnia, BERKELEY sugere que uma das razões seja o impacto que a privação do sono tem sobre o cérebro. 
O estudo mostra que pessoas que se privam do sono por 1 noite desenvolvem mudanças importantes na forma como seus cérebros respondem a alimentos muito calóricos (junk food). O consumo de batata frita e doces, por exemplo, estimula intensa resposta numa parte do cérebro que ajuda a regular a motivação para comer. Ao mesmo tempo, ocorre importante redução na atividade do córtex frontal, que é uma parte mais evoluída do cérebro nos quais as decisões racionais são tomadas levando em conta as consequências. Essa ação dupla no cérebro "sonolento" leva a uma reação de impulso mais forte ao "junk foods" e menor habilidade para se controlar. 
Muitos outros estudos já mostraram essa relação entre ganho de peso e noites mal dormidas também tem a ver com alterações hormonais: a privação do sono aumenta a produção de grelina, produzida no estômago, que dá fome, e diminui a produção de Leptina, elaborada nas células de gordura, que diminui a fome. Além disso, ocorre aumento na produção de cortisol, que leva ao acúmulo de gordura principalmente na barriga. 
Por todos esses motivos podemos concluir que dormir mal engorda sim! Basta uma noite de privação para que essa "bagunça" neurológica, hormonal e metabólica comece.  

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Exercício físico previne câncer de mama em mulheres na pós-menopausa


Após o período da menopausa, com todos os seus sintomas que incomodam, outro fantasma começa a rondar as mulheres: os riscos maiores de adquirir um câncer de mama. Mas uma boa notícia foi descoberta por pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. Segundo ele, a atividade física regular pode fazer com que essa chance fique um pouco mais distante. Uma pesquisa apresentada na reunião anual da Associação Americana para Pesquisa do Câncer (AACR) no dia 9 de abril apontou essa relação, devido à queda do hormônio estrógeno em mulheres mais ativas.

Os pesquisadores estudaram 540 mulheres polonesas, entre 40 e 74 anos e que não faziam terapia de reposição hormonal. Durante uma semana, elas ficaram com um aparelho chamado acelerômetro preso à cintura, usado para medir a sua atividade física durante o dia. Elas também fizeram exames de urina a cada 12 horas, para medir os níveis hormonais. Os pesquisadores então notaram uma relação: quanto maior a quantidade de exercícios na rotina das mulheres, menores os índices de estrógeno.

Os cientistas verificaram também um aumento nos metabólitos, produtos da quebra do hormônio no organismo. É a primeira vez que um estudo relaciona os exercícios físicos com esse processo, até porque foi usado um novo método de análise criado pelo Instituto do Câncer, que consegue medir um número maior dessas substâncias. Já é de conhecimento dos cientistas que esses hormônios têm um papel importante no desenvolvimento do câncer de mama. Além dessa relação direta, a atividade física combate o acúmulo de gordura, e o estrógeno é produzido no tecido adiposo após a menopausa. Portanto, o aumento de exercícios ao longo do dia também se relaciona a esse fator de risco.

Outros hábitos também contam
Além da atividade física, existem outras mudanças no cotidiano que podem afastar a possibilidade do câncer de mama dar as caras. Veja abaixo quais são os hábitos que aumentam ainda mais sua proteção contra o problema.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Caminhada vigorosa reduz risco de doenças cardíacas e diabetes

Acelerar o passo na caminhada, praticar cooper ou fazer outros exercícios de maior vigor pode reduzir o risco de desenvolver problemas de coração e diabetes, aponta um novo estudo. Pesquisas anteriores já haviam sugerido que fazer atividades físicas regularmente, incluindo caminhadas moderadas de 30 minutos por dia, poderia fortalecer a saúde. Agora, especialistas da Bispebjerg University Hospital, na Dinamarca, afirmam que a intensidade, e não a duração, é que faz a diferença.
Eles fizeram uma análise que incluiu mais de 10 mil adultos com idades entre 21 e 98 anos que moravam em Copenhagen, na Dinamarca. Desses, uma em cada cinco mulheres e pouco mais de um em cada quatro homens tinham síndrome metabólica, conjunto de fatores de risco que dão origem ao diabetes e à doença cardíaca. Todos os participantes foram interrogados sobre a quantidade de exercícios que praticavam e foram monitorados nos 10 anos seguintes.
Os resultados, publicados na versão online do British Medical Journal Open, foram similares entre o público masculino e feminino. Aqueles que faziam caminhadas aceleradas ou cooper de duas a quatro vezes por semana apresentaram um risco 50% menor de desenvolver síndrome metabólica. A mesma redução não foi identificada entre aqueles que caminhavam a passos mais curtos e lentos. Após 10 anos de acompanhamento, 15% dos participantes desenvolveram síndrome metabólica.
Segundo os pesquisadores, não é apenas o tempo de prática do exercício que exerce influência sobre a saúde, mas, principalmente, a maneira como esse tempo é usado. Exercícios vigorosos são a melhor saída para quem deseja perder peso. Quando o assunto é prevenção do diabetes e doenças cardíacas, portanto, suar a camisa é fundamental para fazer a atividade física valer.

Previna-se contra o diabetes e problemas cardíacos

Além da prática regular de exercícios, outros hábitos também ajudam a reduzir o risco de desenvolver problemas de coração e diabetes. Confira quais são eles:
Relaxe
A ansiedade aumenta a liberação de cortisol no organismo, hormônio que favorece a concentração de glicose no sangue. Altas taxas de açúcar podem desencadear problemas como diabetes, triglicérides alto e colesterol descontrolado.
Maneire no açúcarPara quem já apresenta predisposição a desenvolver o diabetes, ingerir altas taxas de açúcar pode favorecer o desenvolvimento da doença. Além disso, um estudo apontou que o consumo do alimento também está ligado a um risco maior de desenvolver problemas cardíacos por afetar as taxas de lipídios do corpo.
Cigarro
Respirar a fumaça tóxica do cigarro afeta várias funções do sistema vascular arterial. O hábito favorece o desenvolvimento das doenças não só enquanto ele é cultivado, mas também após seu abandono, já que tabagistas costumam ganhar peso ao largar o cigarro.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Kettlebell emagrece e fortalece músculos em apenas 20 minutos de treino

 Já imaginou emagrecer e tonificar o corpo todo de uma vez só e gastando, ao todo, uma hora por semana? Não é milagre, é kettlebell, um acessório criado na Rússia para treinamento físico no século 18. O nome difícil refere-se a uma bola oca de ferro com aproximadamente 20 cm de diâmetro médio e que conta com uma alça por onde é segurada. Seu peso pode variar de 4 a 48 quilos. Desde 2009, ela vem ganhando espaço nas academias do mundo todo e agora virou item indispensável do treinamento funcional no Brasil. Segundo Steve Cotter, fundador da International Kettlebell & Fitness Federation (IKKF), os exercícios com kettlebell podem ser praticados por todos: desde aqueles que são iniciantes até atletas que desejam melhorar o rendimento. Mas claro, cada um na intensidade mais indicada. A seguir nos listamos todos os benefícios do exercício com ketllebell. Confira e veja tudo o que você pode alcançar com essa novidade.


Não toma muito tempo

O kettlebell é um ótimo exercício para quem está sem tempo. "O trabalho pode gerar um bom ganho de condicionamento físico até mesmo se for feito por somente 20 minutos em três dias diferentes da semana", explica Steve Cotter. Isso se deve principalmente ao seu dinamismo: os movimentos são rápidos e contínuos e à sua intensidade, que é bastante forte tanto do ponto de vista aeróbico, quanto do fortalecimento muscular. Até os mais bem treinados sentem o cansaço de uma aula. Quem tiver mais tempo pode aproveitar e seguir o treino por mais tempo e com maior frequência, certamente verá resultados mais rápidos. 



Além disso, o kettlebell é extremamente versátil. Você pode dedicar uma aula inteira a ele, inserir em outras aulas - como a ginástica localizada, exercendo uma função de halter -, realizar um treino funcional com a sua ajuda ou substituir a musculação por ele. 

E lembre-se: é imprescindível que o exercício seja antecedido de aquecimento. Depois do treino, alongamentos com o objetivo de, além de esticar o corpo, desaquecer, são uma boa opção.


Ajuda a emagrecer

"Cada meia hora de exercícios com kettlebell gasta 300 calorias", conta a educadora física Mônica Torres. Isso porque os exercícios são muito dinâmicos: durante o treino, o praticante tem poucos momentos de descanso, o exercício é realizado praticamente de forma contínua durante meia hora. O sobe e desce de braços e pernas (e com a resistência da bola!) garante um trabalho cardiorrespiratório intenso, de fazer suar até quem já está acostumado com treinos pesados.

Por ser um trabalho tanto de fortalecimento quanto de emagrecimento, o kettlebell pode muito bem substituir aquelas uma hora e meia que você passa entre a esteira e a sala de musculação.


O corpo todo fica forte

Alguns exercícios do kettlebell recrutam os músculos dos glúteos. "Ficar com o bumbum maior, mais durinho e com um formato mais arredondado é um resultado esperado para as mulheres que usam o kettlebell", explica e educadora física Mônica Marques, diretora técnica da Academia Companhia Athletica. Há também exercícios que fortalecem a musculatura abdominal e lombar - garantindo maior estabilidade para a coluna - ou os braços. Mas para realizar cada um desses exercícios específicos o corpo todo entra em movimento. Enquanto o braço eleva o kettlebell o praticante passa da posição agachada para em pé, por exemplo. E mais: para manter a postura firme que este exercício pede todos os músculos se mantêm contraídos. Os resultados aparecem em forma de um fortalecimento por completo.

É bom para quem quer começar

Segundo Steve Cotten, o kettlebell é uma excelente estratégia para quem quer vencer o sedentarismo. "Você pode usar um kettlebell em qualquer lugar: pode praticar em casa, levar para a academia e até para o escritório", explica. Mas antes de começar a praticar, procure um educador físico apto a te orientar a usar o acessório e opte pelo peso mais leve, aumentando gradualmente de acordo com o ganho de força e condicionamento físico. Caso você já tenha uma lesão de ossos, músculos ou articulações o recomendado é consultar um médico antes de começar o exercício. 

Os kettlebells custam, em média, entre 30 e 200 reais, variando de acordo com o peso, que vai de 4 a 48 quilos (os mais leves são mais baratos)*. Opte por kettlebells emborrachados, que diminuem o atrito com as mãos. 


E bom para atletas

O kettlebell é um exercício democrático: pode ser feito por iniciantes e atletas. Isso porque sua evolução é progressiva - os kettlebells apresentam grande variação de peso. Os atletas de esportes de contato, como o futebol, por exemplo, usam o treino para gerar potência muscular, ou seja, força nos momentos mais decisivos: na hora de chutar o gol ou lançar o disco, por exemplo. Nesse caso são usadas cargas mais altas e número de repetições menor. "Outros esportes, que envolvem movimentos curvilíneos, como o golfe, se beneficiam muito deste treino", explica Mônica Marques. Com o kettlebell é possível fazer o mesmo movimento curvo, em função de seu formato de bola com alça.

É divertido

As aulas com kettlebell são uma novidade. Só isso já torna a modalidade interessante. Mas tem mais: diferentemente de uma sessão de musculação ou de uma hora na esteira, o exercício exige concentração o tempo inteiro. "Ao contrário dos exercícios com uma bicicleta ergométrica, por exemplo, o kettlebell não direciona seus movimentos nem faz esforço por você", explica Steve Cotter. Além disso, os movimentos realizados são rápidos, ágeis e alternados com frequência. Nada fica na mesmice.

Mais flexibilidade e coordenação

Diferentemente dos exercícios de alongamento tradicionais, que são feitos com uma pausa de alguns segundos, o kettlebell promove ganho da flexibilidade durante o exercício. Esse benefício é conquistado através do constante alongamento e encurtamento dos músculos (ao esticar e dobrar o braço, por exemplo) durante os exercícios com kettlebell. Esses movimentos são muito amplos e rápidos, levando o músculo de uma situação em que ele está completamente contraído à outra em que ele está totalmente alongado em menos de um segundo. Além disso, é preciso muito trabalho de coordenação para manipular a bola com alças, direcionando pesos para os lugares corretos.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Pisada pronada: um mito popular sobre lesões em corrida

A maioria das pessoas que correm já ouviu falar sobre a pisada pronada e que ela pode se tornar um fator de risco para lesões. Porém, um novo estudo mostra que essa crença pode estar errada, já que a pronação é um movimento que ocorre naturalmente durante acorrida.
 Neste estudo recentemente publicado online pelo The British Journal of Sports Medicine, os pesquisadores da Aarhus University, na Dinamarca, recrutaram 927 homens e mulheres saudáveis, com faixa etária de 18 a 65 anos, que não corriam, mas tinham intenção de começar. Esta pesquisa difere-se das demais, que foram realizadas com corredores experientes e que já possuem histórico de lesões, o que pode sobrepor uma lesão à outra, dificultando a determinação do fator de risco primário.
Foram utilizados métodos de avaliação elaborados e escalas visuais para determinar o perfil da pisada de cada voluntário e o quanto o mesmo pronava. Em seguida, classificaram os mesmos e os dividiram em grupos: pronação neutra, super pronação, severa super pronação, pouca pronação, muito pouca pronação. Depois deram a todos os voluntários um mesmo modelo de tênis leve e com pisada neutra, um relógio com GPS para marcar a quilometragem percorrida e instruções para relatarem qualquer lesão, que podia ser diagnosticada pelo seu médico pessoal. 
 Após um ano de corrida e vários quilômetros percorridos na velocidade escolhida pelo voluntário, foram diagnosticadas mais de 300 lesões. Dentre estas, aqueles que super pronaram ou pouco pronaram não foram significativamente mais propensos a se machucarem do que os corredores com pisada neutra.
 Entre os voluntários que percorreram mais de 960 quilômetros durante o ano, as taxas de lesões foram um pouco maiores entre os corredores com pisada neutra do que entre os que super pronaram.
Esse estudo sugere que alguns graus de pronação podem, na prática, não ser anormais e não contribuir para lesões. O achado coincide com vários estudos feitos anteriormente que mostram que, quando os corredores escolhem seu tênis baseado no tipo de pé (por exemplo, os que super pronam e utilizam um tênis para diminuir a pronação), eles mantêm ou aumentam a taxa de lesão em relação aos que escolhem o calçado de forma aleatória.
 Portanto, os atletas que estão iniciando não precisam se preocupar tanto com a escolha do tênis. Para prevenir lesões é melhor se preocupar com o peso corporal, tipo de treinamento, comportamento, idade e lesões prévias.
 Outros pesquisadores concordam, segundo Bryan Heiderscheit,da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, a pronação não é um fator de risco tão relevante e a correção da pronação com tênis é desaconselhável. "Vários atletas que se dizem com pisada super pronada e fazem uso de calçado para corrigi-la, acabam se lesionando do mesmo jeito", nos conta. "Para se escolher um calçado adequado, deve-se levar em consideração o conforto".

terça-feira, 22 de abril de 2014

Siga sete dicas dos treinadores para largar o sedentarismo


Dois estudos descobriram que está sendo chamado de paradoxo da obesidade. Esse conceito afirma que, em certos casos, os quilos além da conta não indicam perigo à saúde e podem até ser protetores do nosso organismo. 

A primeira pesquisa foi feita pela Universidade de Granada, na Espanha, e foi publicada no European Heart Journal. O estudo analisou dados de 43 mil americanos, divididos em grupos conforme os níveis de obesidade, colesterol, pressão arterial e condicionamento físico. Após acompanhar os participantes durante 14 anos, os médicos perceberam que as pessoas com obesidade, porém consideradas saudáveis após os exames, tiveram um risco 38% menor do que as não saudáveis de morrer por qualquer causa. A redução de morte por doenças cardiovasculares ou câncer foi de 30% a 50%. O desempenho desses participantes que estavam acima do peso, mas que mantinham bons hábitos foi, ao longo do tempo, similar ao dos magros saudáveis. 

Outro trabalho, publicado na mesma edição da revista, analisou durante quatro anos a mortalidade de 64 mil suecos com problemas cardíacos (como angina e infarto) submetidos a um exame de imagem para determinar a saúde de suas artérias coronárias. Os pacientes foram subdivididos de acordo com seu IMC. Os resultados mostraram um gráfico em forma de "U": aqueles que estavam muito magros ou com obesidade mórbida corriam mais risco de morrer do que pacientes intermediários, com sobrepeso ou obesidade moderada. 

Os cientistas americanos acreditam que o melhor condicionamento físico das pessoas saudáveis com obesidade foi responsável pelo menor risco de morte observado nesse grupo em relação ao grupo dos não saudáveis. Eles afirmam que o exercício tem ação anticoagulante, ajuda a dilatação dos vasos e melhora a resistência à insulina, tendo um efeito contrário ao da obesidade, sendo portanto melhor ser uma pessoa acima do peso que se exercita do que um magro sedentário. 

Siga este plano para começar a praticar exercícios
Segundo a Federação Mundial de Cardiologia, pessoas que não praticam atividades físicas têm um risco duas vezes maior de sofrer doenças do coração, ter pressão alta e desenvolver diabetes quando comparadas a quem pratica exercícios físicos regularmente, independente fato de a pessoas estar ou não acima do peso. Então, que tal abandonar a preguiça e ganhar mais saúde seguindo este plano que preparamos para você? 



Faça uma avaliação médica

A avaliação médica não é apenas um pré-requisito para que aluno e professor trabalhem em segurança, mas a melhor maneira de descobrir os limites do seu corpo e o exercício ideal para vencê-los. "Também é fundamental realizar uma avaliação física. Por meio dela é possível determinar a porcentagem de gordura corporal do indivíduo e ter uma ideia de seu alongamento e da sua resistência", afirma o personal trainer Ricardo Custódio, da Companhia Atlethica do Estádio do Morumbi, em São Paulo.

Reabitue seu corpo aos exercícios

"A principal meta de quem começa a treinar após ter ficado muito tempo parado deve ser reabituar o corpo à prática regular de exercícios", explica Adriano. Segundo o personal trainer, emagrecer ou ganhar tônus muscular devem ser objetivos secundários nesse retorno. Isso porque o retorno ao treino, na maioria das situações, traz os mesmos desafios de uma primeira experiência com exercícios

"O aluno terá que começar do zero, mesmo tendo sido atleta regular no passado. Não respeitar essa progressão pode sobrecarregar os músculos e articulações, ocasionando lesões", diz o especialista. A diferença entre uma pessoa que já treinou e outra, que nunca se mexeu, é o tempo de resposta aos movimentos: quem já fez exercícios tende a recuperar o condicionamento mais rapidamente.


Comece por atividades de baixo impacto

Voltar a treinar e já partir para atividades de grande impacto aumenta e muito o risco de lesões. Decidir correr logo no primeiro dia de treino, por exemplo, poderá sobrecarregar os músculos e articulações dos membros inferiores, afirma o médico do esporte Ricardo Nahas, do Centro de Referência em Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho. Ele explica que, em uma caminhada, cerca de 20% do peso corporal fica concentrado nas articulações e essa porcentagem dobra numa corrida. "Por isso, é essencial realizar a readaptação muscular, articular e cardíaca", diz o médico.

Escolha um exercício que te dá prazer

Exercícios físicos não se resumem a musculação e esteira. Por isso, se a academia não te atrai, busque fazer outras atividades, como esportes coletivos, ginástica ou circuito. "Treinar por prazer mantém o aluno motivado e reduz o risco de abandonar o programa", afirma Ricardo Custódio. O exercício perfeito, de acordo com o personal, é aquele que consegue equilibrar as necessidades do seu corpo com as suas preferências.

Respeite seus limites

O condicionamento físico não aparece do dia para a noite. "Pegar muito peso de uma vez ou caminhar uma distância muito longa só vai causar dores nos músculos e nas articulações", afirma o personal Adriano Braga. Estar disposto a melhorar sempre é fundamental, mas isso deve ser feito de maneira segura. "Do contrário, há risco de uma lesão mais séria e você é obrigado a ficar sem treinar justo quando estava mais engajado".

Faça alongamento e aquecimento

"Aquecer é aumentar a temperatura corporal, o que eleva a frequência cardíaca e prepara o corpo para a prática de exercícios", afirma o médico do esporte Ricardo. O alongamento, por sua vez, pode ajudar a prevenir lesões - esse tipo de movimento estimula a liberação do líquido sinovial, que lubrifica as articulações. "Esses minutinhos de preparação são valiosos porque informam o organismo sobre o que deve ser priorizado no momento, deixando atividades, como a digestão, em segundo plano".

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Saiba como se alimentar antes e depois dos exercícios


Já estamos em abril e muitas promessas do começo do ano, foram sim colocadas em prática. Ter um estilo de vida mais saudável, comer melhor e praticar atividade física faz parte do projeto do novo ano e tem muita gente realmente envolvida em levar adiante essas mudanças. 
Mas apesar da boa vontade muitos ainda não conseguiram bom resultados. A resposta pode estar na alimentação. Cuidados com a alimentação antes e depois do treino ajudam na busca do peso ideal e na performance do exercício. 
É muito importante saber que se o objetivo inicial é perder peso, a alimentação deverá ser hipocalórica, ou seja, o consumo alimentar deverá ser inferior ao gasto. Mesmo com o treino, se não houver redução do consumo alimentar, não haverá emagrecimento. Assim, o treino não deverá ser realizado por período superior a 60 minutos. Um corpo que recebe menos energia do que gasta, não terá estoques de energia para muito tempo. Adequar a alimentação, tempo e tipo de treino é muito mais eficiente do que ficar horas nas academias. 
A definição do que comer antes e depois costuma ser uma dúvida comum entre praticantes de academia e, frequentemente, encontramos erros que podem comprometer seriamente os resultados. Treinar em jejum, por exemplo, gera emagrecimento, mas não poupa massa muscular. O treinamento eficiente é aquele promove justamente o contrário, preserva massa muscular e queima a gordura localizada. 
Os carboidratos são os nutrientes essências antes dos treinos, principalmente aqueles de ação mais lenta ou carboidratos complexos. São eles os responsáveis por gerar energia para o corpo humano. Quando conseguimos fornecer a energia adequada para organismo ajustamos o metabolismo para melhorar e eficiência da queima de gordura. Assim, antes do treino seja pela manhã, tarde ou noite, o alimento mais indicado para o consumo são os derivados de carboidratos. Pode ser o pão, cereal ou a batata doce que ganhou um destaque extra nos últimos meses. As frutas possuem carboidratos de ação rápida, por isso não são indicadas no pré-treino, principalmente quando realizado pela manhã. 
No pós treino a alimentação tem o papel de reparar os danos musculares causados pelo esforço do exercício. As proteínas sãos os únicos nutrientes capazes de fazer tal reparo. Mas não agem sozinhas. Elas precisam da energia vinda dos carboidratos, principalmente aqueles que agem imediatamente, como as frutas. Isso significa que deve existir a combinação entres os dois nutrientes. O horário de treino é o que definirá a melhor oferta proteica oferecida no pós-treino. A intenção é sempre manter as recomendações nutricionais próximas ao hábito alimentar de cada pessoa, e não somar uma refeição extra ao cardápio. 
No retorno do treino realizado pela manhã, o leite, preferencialmente magro, é a melhor proteína para restaurar os danos musculares. Se for batido com uma fruta, a combinação carboidrato e proteína ficam perfeitas. Quem tem alguma intolerância ou rejeição ao leite, pode consumir o ovo, que pode ser acompanhado por pão ou torradas. 
Treinos realizados no meio da manhã ou no final da tarde devem ser seguidos por refeições completas, almoço ou jantar. As proteínas provenientes dos animais (carne bovina, frango, peixe ou ovo) são as maiores aliadas do pós-treino. A oferta de carboidrato é fundamental, nesse caso pode ser arroz, batata, batata doce, mandioquinha, entre outros. O ajuste das porções é fundamental para alcançar os melhores resultados. 
O uso de suplementos nutricionais deve ser utilizado após análise adequada do treino e das recomendações alimentares diárias. A utilização sem recomendação pode trazer prejuízos à saúde e influenciar os resultados relacionados ao peso. Um profissional nutricionista deve sempre ser consultado antes do uso de suplementos. 
Não há dúvidas dos benefícios para saúde que atividade física traz. Aliada à boa nutrição o ganho é enorme. Peso normal, coração forte e longevidade garantida. Força para todos que resolveram mudar suas vidas e já estão nesse caminho há algum tempo. Que os bons resultados possam cativar aqueles que ainda não começaram! 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Monte um prato ecologicamente correto




Percorrer o supermercado e deparar com os alimentos orgânicos deixou de ser uma ocorrência exótica. Eles estão nas mais diversas prateleiras e não se restringem mais às frutas, legumes e verduras. Vão da simples alface da saladinha às carnes, bebidas, sem deixar de lado os industrializados, como açúcar e o achocolatado.Estudos já indicam que esses alimentos ganham em valor nutricional em relação aos convencionais. Mas o que são os orgânicos exatamente? "Nada mais que o resultado de um sistema de produção agrícola que maneja o solo e os recursos naturais de forma equilibrada, mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos" , explica a nutricionista Fabiana Honda. 

Agrotóxicos, adubos químicos e sementes transgênicas vivem a milhas de distância da terra onde brotam esses alimentos. A harmonia do ambiente faz com que as plantas apresentem um metabolismo mais resistente a pragas e doenças. 

Hormônios e anabolizantes para engordar e acelerar o crescimento dos animais são totalmente renegados na agropecuária orgânica. Até a caminho dos supermercados e feiras, os orgânicos são separados dos outros alimentos para não terem contato nenhum com qualquer tipo de substância artificial. 

Benefícios dos orgânicos 
Os orgânicos possuem cargas extras principalmente dos minerais. Segundo o Instituto Biodinâmico (IBD), eles apresentam em média, 63% a mais de cálcio; 73% a mais de ferro; 118% a mais de magnésio; 178% a mais de molibdênio; 91% a mais de fósforo; 125% a mais de potássio e 60% a mais de zinco. 

Outro estudo, realizado pela Universidade de São Paulo (USP), mostrou que os ovos da galinha caipira, criadas de acordo com os métodos da agropecuária orgânica, possuem cerca de quatro vezes mais vitamina A que os de granja. Entretanto, ainda não há certeza se esse tipo de cultivo dá mesmo origem a alimentos mais potentes na prevenção e tratamento de doenças. 

Parte-se do princípio que, sem agrotóxicos nem pesticidas, a planta cria mecanismos próprios de defesa. Isso, então, estimularia a produção de vitaminas e fitoquímicos com ação antioxidante, como os flavonóides e o licopeno, que previnem certos tipos de câncer. 

A maioria das pesquisas sobre alimentos orgânicos e convencionais faz comparativos nos teores de nutrientes. Mas ainda são praticamente inexistentes os estudos epidemiológicos que fazem uma associação com a saúde humana.

Orgânicos fiscalizados 

Os critérios para produção dos orgânicos são tão rígidos que há empresas habilitadas a conferir o certificado de qualidade ao produtor. Ou seja, quando for comprar uma alimento orgânico, observe se ele estampa na sua embalagem um selo de inspeção. 

A presença cada vez maior dos orgânicos na mesa do consumidor pode ser refletida nas vendas da Native. A empresa, com sede em Sertãozinho (SP), possui o açúcar, o café, o suco de laranja e o achocolatado entre sua linha de produtos. De 2006 a 2007, obteve crescimento de 60% das vendas. O interesse por produtos ecologicamente corretos não se restringe ao Brasil. Carro chefe da Native, o açúcar é exportado para mais de 50 países, dentre os quais Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Canadá, França, Alemanha.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Exercícios que substituem os abdominais na conquista da barriga chapada


Por muito tempo acreditou-se que os famosos abdominais, realizados no chão com repetidas elevações do tronco, eram a única maneira de conquistar a barriga chapada. No entanto, outros exercícios, realizados sem foco exclusivo na região abdominal, mas também com outras partes do corpo, têm se mostrado igualmente eficientes no fortalecimento desses músculos, com a vantagem de fortalecer outros músculos, como os dos braços e das pernas. 

"Os exercícios abdominais clássicos não se tornam dispensáveis diante dos novos exercícios para fortalecimento do abdômen", explica o educador físico Victor Valente, da academia Runner. "O fato é que muitos tipos de abdominais, quando comparados a exercícios que gerem grande instabilidade do tronco, como a prancha, podem ativar menos a musculatura e não trazer o resultado esperado". 

O benefício acontece, principalmente, pela dificuldade de equilíbrio que o exercício gera, exigindo dos músculos abdominais contrações intensas para que o tronco se mantenha estável e compense o efeito da gravidade. Pronto para experimentar? A seguir, confira quais são os melhores substitutos do abdominal e como praticá-los.



Prancha frontal

"As pranchas são ótimos exercícios para o fortalecimento abdominal, pois quem a pratica deve manter seus músculos abdominais contraídos o tempo todo para sustentar o quadril fora do chão", explica Victor Valente. Além dos músculos abdominais mais superficiais, como reto abdominal e oblíquos, as pranchas ativam também músculos mais profundos, como o transverso do abdômen, e os músculos da coluna responsáveis por manter a estabilidade da coluna lombar e assim prevenir lesões. 

Como fazer: a prancha frontal é feita com os cotovelos flexionados e os antebraços apoiados no chão, assim como os pés. O quadril deve ser elevado até o nível dos ombros e deve ser mantido nesta posição por um determinado tempo. O tempo é determinado de acordo com o condicionamento físico de cada um. Inicialmente é feito um teste para determinar esse tempo, que varia entre 30 segundos até o tempo máximo que cada pessoa aguentar. 

Turbine o exercício: "Os praticantes em nível avançado podem colocar uma base instável, como uma bola ou uma prancha de equilíbrio como apoio das pernas (embaixo das canelas), durante os movimentos de pranchas, são ótimas estratégias para intensificar o treino e aumentar a ativação do abdômen garantindo um bom fortalecimento de toda a musculatura", recomenda Victor Valente. 

Atenção: é importante manter o corpo alinhado durante esse exercício, caso contrário os músculos lombares acabam exercendo a função do abdômen. Sustente de forma equilibrada e correta o quadril e lembre-se de contrair o abdômen o tempo todo.


Prancha lateral

"Os exercícios de prancha lateral funcionam da mesma maneira que a prancha frontal, mas nesse caso o fortalecimento tem ênfase nos músculos oblíquos (mais laterais) e no músculo quadrado lombar, que fica localizado na parte posterior do abdômen", explica o educador físico Victor Valente. Eles são os mais ativados nessa posição para manter o tronco estável. 

Como fazer: posicione-se lateralmente no solo com o cotovelo de um dos braços flexionado e o antebraço apoiado no chão, as pernas estendidas, apoiadas no chão - a perna contrária ao braço apoiado no chão deve estar ligeiramente a frente. O quadril deve ser elevado e assim mantido na mesma linha do ombro. O braço que fica solto pode ficar alongado ou apoiado junto ao corpo. O tempo mínimo de execução é de 30 segundos e o que limita o tempo máximo é a exaustão de cada pessoa. 

Turbine o exercício: quanto menor a distância entre os pés, mais difícil se torna o exercício. Assim como na prancha frontal, é possível utilizar superfícies instáveis, como uma prancha de equilíbrio ou um bosu, uma espécie de meia bola que possui base plana e topo arredondado. Essa intensificação do exercício deve ser feita somente por quem já realiza o exercício normal com facilidade.


Agachamento com pulo (burpee)

"Este exercício é muito usado na modalidade Cross Fit e tem como objetivo não só fortalecer o abdômen, mas também os braços e as pernas, e ainda proporcionar uma elevação considerável da frequência cardíaca", explica Victor Valente. Ou seja, este amplo exercício une queima calórica e fortalecimento muscular. Neste caso, o fortalecimento do abdômen é resultado da necessidade de estabilizar o tronco principalmente durante a flexão de braço e o agachamento.

Como fazer: o Burpee inclui três exercícios: a flexão de braços, o agachamento e um salto, nesta sequência. Inicia-se o movimento realizando uma flexão de braço até encostar o peito no chão, em seguida flexiona-se o quadril na posição do agachamento e executa- se um salto. Em geral o número de séries varia de quatro (iniciante) a oito (avançado) e o número de repetições em cada uma delas de oito (iniciante) a quinze (avançado). 

Atenção: o burpee deve ser feito com segurança, dentro dos limites individuais. Faça o exercício no tempo que conseguir e o número de repetições que for possível.



Agachamento comum

"O objetivo primário do agachamento comum é o fortalecimento dos glúteos e da musculatura extensora da coxa", explica o educador físico Ricardo Burgatti, coordenador da academia K2. "Porém, como durante o movimento ocorre uma flexão no quadril junto à flexão do joelho, a manutenção da coluna em uma posição neutra é muito importante e para isso o abdômen tem que estar firme e fortalecido". 

Como fazer: deixe os pés afastados na linha dos ombros. A postura precisa estar ereta e você deve olhar sempre para frente. Faça um agachamento na amplitude máxima do movimento (como se você fosse se sentar em uma cadeira), mas sem tirar os calcanhares do chão e mantendo o abdômen contraído. Volte à posição inicial, expirando o ar ao realizar esse movimento. Comece com três séries de quinze repetições.

Turbine o exercício: o exercício fica mais intenso com o uso de halteres, que devem ser carregados nas costas, mas só por quem já está no nível avançado do exercício. 

Atenção: jamais deixe o seu joelho ultrapassar a linha das pontas dos pés. Ao acrescentar pesos e objetos nos membros superiores, cuidado com a carga usada para não sobrecarregar demais a coluna. Se o objeto for pesado a ponto de fazer você arredondar as costas, curvando-a para frente, é melhor diminuir a carga.




Ponte

"No exercício de ponte, o tronco fica instável e se faz necessária a contração dos músculos abdominais, responsáveis por estabelecer a coluna e o quadril", explica Victor Valente. A barriga é a responsável pela sustentação do movimento de forma equilibrada. 

Como fazer: deitado de barriga para cima, com os joelhos flexionados, os pés no chão e as mãos ao longo do corpo, inicie uma elevação do quadril partindo o movimento da lombar até apoiar o peso do corpo sobre as escápulas (na parte alta das costas), em seguida retorne a coluna até a posição inicial. Inicie a prática com três séries de quinze repetições. 

Turbine o exercício: para quem a versão simples já ficou fácil, é possível deixar o exercício um pouco mais difícil, coloque uma caneleira de meio ou um quilo sobre o abdômen.



Flexão lateral de tronco

A flexão lateral de coluna tem como foco específico o fortalecimento dos músculos oblíquos do abdômen (mais laterais) e também do quadrado lombar. É muito importante realizar esse movimento de forma adequada para não lesionar a coluna. 

Como fazer: de pé, com o corpo alinhado, flexione o tronco para o lado. Comece com três séries de 15 repetições. No início, faça apenas um trabalho sem nenhuma resistência, utilizando apenas o peso do próprio corpo. "Só isso já fortalece o abdômen e ajuda na aprendizagem do movimento", explica Victor Valente. Em seguida aumente as repetições ou o tempo de permanência na posição curvada para o lado, isso eleva a intensidade do exercício. 

Turbine o exercício: use pequenos pesos nas mãos. "O uso de pesos aumenta a intensidade dos exercícios abdominais, mas devem ser utilizados de forma progressiva", explica o educador físico Victor Valente. Comece por pesos mais leves, de meio ou um quilo, e aumente de meio em meio quilo quando sentir que o peso está leve.



Toda atenção na respiração

A respiração é muito importante para o fortalecimento do abdômen. Isso porque os músculos abdominais se fixam às últimas costelas, ou seja, são parte da caixa torácica. Com o movimento adequado da caixa torácica durante a respiração no momento do exercício físico, a ativação dessa musculatura é mais efetiva e consistente. "O ideal é sempre expirar, soltar o ar, durante o movimento para aumentar a pressão dentro do abdômen, e inspirar (puxar o ar) toda vez que o corpo estiver voltando desse movimento", explica Victor Valente. "Esse aumento de pressão leva à contração de mais músculos responsáveis pela estabilização da coluna durante o movimento". 

Durante os exercícios em que não há um grande movimento, como as pranchas frontal e lateral, a respiração deve ser calma, com inspiração pelo nariz e expiração pela boca. O ideal é que a respiração seja feita com o abdômen, que deve se expandir, e não com o tórax. Quanto à frequência, obedeça à solicitação do seu corpo e respire quantas vezes julgar necessário.